sábado, 31 de outubro de 2015

REFLEXÃO PARA A SOLENIDADE DE TODOS OS SANTOS

Cidade do Vaticano (RV) - No Evangelho Jesus nos fala das bem-aventuranças, da sorte daqueles que vivem, que praticam sua palavra. Ele identifica essas pessoas como pobres  em espírito e perseguidas por causa da justiça. Ele diz que delas é o reino do céu. Jesus constata que elas, onde estejam, já vivem e já realizam o Reino.
Mas quem são pobres em espírito de que fala Jesus? São aqueles que abriram mão de bens deste mundo para poderem construir uma nova sociedade, de acordo com o projeto de Deus. Uma sociedade de justiça, de partilha, de paz.
Quem são os perseguidos por causa da justiça? São esses pobres que fizeram opção por uma sociedade justa, fraterna, caracterizada pela partilha e comunhão de bens. São perseguidos porque esse modo livre de viver não é suportado por aqueles que são escravos dos bens materiais, do poder econômico, da divisão em classes sociais, que não acreditam em um outro mundo, mas que aqui na terra têm o seu paraíso.
Os santos são esses cidadãos que trabalham pela realização do Reino, já aqui neste mundo. Por isso são rechaçados, martirizados, desprezado pelos filhos deste mundo que, naturalmente, não podem se identificar com eles. Por isso, São João na segunda leitura de hoje nos diz que “Por isso o mundo não nos conhece..”
Mais adiante do trecho escolhido para a liturgia de hoje,  São João nos diz que “aquele que pratica a justiça é justo, como também Jesus é justo”. E Jesus é o Santo, por excelência! Portanto se praticamos a justiça, assemelhamo-nos a ele, o Santo e, consequentemente, somos santos.
Contudo, sabemos que no dia a dia, não é fácil viver a santidade. Vários fatores corroboram para isso. Desde a atitude desafiadora da sociedade paganizada, de estruturas tirânicas, passando por nossa fragilidade e caminhando em meio a atitudes agressivas de muitos de nossos contemporâneos, temos a experiência, muitas vezes amarga, de como é difícil ser santo.
Para nos encorajar, nos dar alento na luta pela santidade, a liturgia nos oferece a leitura do Apocalipse, livro que foi escrito com o objetivo de nos animar dentro desse ambiente opressor. 
O versículo 14 dá a chave para a manutenção da luta: “Esses são os sobreviventes da grande tribulação; lavaram as suas vestes e as alvejaram no sangue do cordeiro.” Deus, que desde o Antigo Testamento, defendeu o povo judeu oprimido pelos egípcios, libertando-os da escravidão, também agora, através de Jesus Cristo, nos livra da opressão e nos liberta, para sempre, do mal. Não significa que não teremos adversidades, mas que seremos libertos, salvos, dentro delas. Deus não nos livra dos sofrimentos, mas nos liberta nos sofrimentos.
Ser santo é viver o batismo através de gestos concretos de promoção da justiça e da paz, mesmo que isso nos leve a beber o cálice que Jesus, na agonia no horto das oliveiras, pediu ao Pai que afastasse, mas logo acrescentou; “ ...não se faça o que eu quero, mas, sim, o que tu queres.” Ser santo é colocar em prática o conselho mariano: “Faz tudo o que ele mandar”. Ser santo é deixar-se conduzir por Deus, plenamente!
(Reflexão do Padre Cesar Augusto dos Santos para a Solenidade de Todos os Santos – 01.11.2015)
Fonte: Site da Rádio Vaticano

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

SÍNODO INSPIRA CONGRESSO CATÓLICO DIGITAL NO BRASIL

São Luís (RV) – A partir de uma visão católica, dar respostas práticas a problemas comuns da vida em família. Esse é o objetivo do 2° Congresso Nacional Católico Digital (Conacat) que, este ano, aborda o tema “Sempre Família”, inspirado pelo Sínodo das Famílias convocado pelo Papa Francisco.
O evento digital, organizado pelo jornalista católico maranhense, Wagner Moura, acontecerá de 9 a 13 de novembro e reúne em sua segunda edição mais de 25 voluntários, leigos de vários estados brasileiros e do exterior, além de contar com a participação do padre dehoniano, João Carlos Almeida (padre Joãozinho), do provincial da Ordem Mercedária no Brasil, frei Rogério Soares, e da missionária e cantora da Comunidade Católica Shalom, Suely Façanha.
Evangelizar por meio da internet
“Os Pontifícios Conselhos para a Cultura e para as Comunicações há bastante tempo orientam a evangelização do continente digital – forma como conceituam o ambiente da internet. O tema, particularmente, atraiu-me ainda mais após a formação que tive ao representar os países de língua portuguesa no Vatican Blog Meeting, encontro internacional promovido por esses pontifícios conselhos, no Vaticano, em 2011”, afirma o organizador do Conacat, Wagner Moura.
Para participar do Conacat os interessados precisam fazer, gratuitamente, uma inscrição simbólica no site Católico em Rede, apenas inserindo seu e-mail de contato. É pelo e-mail que os participantes serão avisados sobre a programação completa que, este ano, contará ainda com a participação de jovens autores de romances católicos como Elisa Hulshof, André Krupp e Tássila Maia.
Plataforma digital
Para a professora Ivanne Vilarins, benfeitora da ordem franciscana da diocese de Bacabal (MA), o Conacat é oportunidade de formação especial para quem mora no interior do Brasil. “É a segunda vez que me inscrevo no evento e acredito que o sucesso dele está nesta plataforma digital que simula um ensino a distância. Para quem não tem tempo e precisa de formação na área de questões de família, com certeza é uma boa oportunidade”, diz a professora.
Dentre os 35 temas que serão trabalhados pelos voluntários do Conacat, sempre por meio da exibição de vídeos formativos pela internet, destacam-se: “Recém-casados: práticas para começar bem o casamento”, “Papa Francisco e a família como ambiente da aliança”, “Dependência química e família cristã: causas, efeitos e soluções”, “Teologia do corpo: eduque seus filhos com o método de São João Paulo II”, “A cura da grande dor: sobreviver à perda de pais e filhos”, “A prática da tolerância: como superar conflitos em família”, “7 lições de São José para proteger a sua família”. (Divulgação/RB)
Fonte: Site da Rádio Vaticano

APRESENTADO CONGRESSO EUCARÍSTICO INTERNACIONAL

Cidade do Vaticano (RV) - Foi apresentado nesta terça-feira (27/10), na Sala de Imprensa da Santa Sé, o 51º Congresso Eucarístico Internacional que se realizará, em Cebu, nas Filipinas, de 24 a 31 de janeiro de 2016, sobre o tema “Cristo em vós, esperança da glória”.
Aprofundar a devoção à Eucaristia, reforçar o compromisso missionário, iniciar as celebrações para o quinto centenário (1521-2021) de evangelização das Filipinas, são as razões para a escolha de Cebu. 
Segundo o Pe. Vittore Boccardi da Comissão para os Congressos Eucarísticos Internacionais, “o evento em  Cebu, junto com as Jornadas Mundiais da Juventude, da Família, dentre outras, se torna uma ocasião extraordinária para testemunhar, através de sua celebração, que a Eucaristia não é somente a fonte da vida da Igreja, mas também o lugar de sua projeção no mundo”.
O congresso eucarístico pode parecer uma “relíquia do passado”, mas na realidade “caminhou na história contribuindo para redesenhar o rosto da Igreja que saiu do Concílio Vaticano II, levando-a novamente à sua fonte eucarística”, disse ele.
“Será um evento extraordinário para todo o leste asiático”, disse o Arcebispo de Cebu, Dom José S. Palma, que também participou da coletiva. “A Ásia, um dos grandes motores do crescimento mundial no campo religioso, deve ser evangelizada. A Igreja Católica na Ásia é uma pequena minoria, não obstante seja o continente onde Jesus nasceu, viveu, morreu e ressuscitou. O 51º Congresso Eucarístico Internacional poderá se tornar um espelho da Igreja na Ásia, no sentido que verá como a Igreja Católica desenvolve a sua tarefa de evangelização.”
 “We expect around 20 cardinals,…”
“Esperamos cerca de 20 cardeais, 50 bispos, e todos os bispos filipinos que virão para a plenária da Conferência Episcopal se reunirão em Cebu. Não será feita nenhuma atividade em Manila. Tudo se realizará em Cebu. No último dia 21, tínhamos registrados 8.345 peregrinos, representando 57 nações. Temos também 5 mil voluntários e até agora 600 famílias anfitriãs que acolherão os peregrinos.”
O arcebispo expressa sua gratidão pelo apoio e oração que os fieis estão dedicando a esse evento e revela os frutos que gostaria que desse: 
“To promote an awareness of the central place…
“Promover a consciência do papel central que a Eucaristia ocupa na vida e na missão da Igreja Católica; ajudar a melhorar a nossa compreensão da Liturgia e chamar a atenção para a dimensão social da Eucaristia.”
O Cardeal Charles Maun Bo, legado pontifício, presidirá a missa de abertura do congresso no domingo, 24 de janeiro, em Cebu. “Depois haverá uma semana densa de comunhão e solidariedade com a Igreja local”, disse o presidente da Comissão para os Congressos Eucarísticos Internacionais, Mons. Piero Marini.
“Durante uma semana, milhares de peregrinos provenientes de todos os continentes, celebrarão a Eucaristia, rezarão juntos, se unirão em procissão, participarão das catequeses gerais, ouvirão dezenas de testemunhos, debaterão sobre temas religiosos importantes e viverão uma solidariedade eclesial autêntica.”
Mons. Marini destacou três perfis que tornam a iniciativa relevante: o geográfico, pois Cebu se encontra no coração da Ásia sendo fácil de ser alcançada também pelos cristãos geralmente mais distantes; o histórico-missionário, porque se inicia nas Filipinas católica para continuar a difundir um cristianismo que, hoje, na Ásia ainda é “um pequeno remanescente”; e o da evangelização moderna da Ásia que nas Filipinas, desafiando o sentimento comum, mostra uma religião enxertada nas culturas e religiões tradicionais, e não desconhecida na vida do continente. (MJ)
Fonte: Site da Rádio Vaticano

terça-feira, 27 de outubro de 2015

FÓRUM VIVA CACHOEIRO - 14 DE NOVEMBRO DE 2015


O Regional II da Diocese de Cachoeiro de Itapemirim, em parceria com o Centro Universitário São Camilo – ES, realizará mais uma etapa do Fórum Viva Cachoeiro no dia 14 de novembro.

Confira o cartaz a seguir:


Fonte: Site Oficial da Diocese de Cachoeiro de Itapemirim

domingo, 25 de outubro de 2015

SÍNODO: BISPOS PROPÕEM DISCERNIMENTO EM CASOS DIFÍCEIS

Cidade do Vaticano (RV) – Com a autorização do Papa, foi publicado na noite de sábado (24/10) o Relatório Final do XIV Sínodo ordinário sobre a Família. Composto de 94 parágrafos, votados singularmente, o documento foi aprovado por maioria de 2/3, ou seja, sempre com o mínimo de 177 votos. Os padres sinodais presentes eram 265.
Segundo Padre Lombardi, Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, apenas dois parágrafos obtiveram a maioria com margem limitada e são os que se referem a situações difíceis, como a abordagem pastoral às famílias feridas ou em situação irregular do ponto de vista canônico e disciplinar: convivências, casamentos civis, divorciados recasados e o caminho para se aproximar pastoralmente destes fiéis. 
Indissolubilidade matrimonial
O Relatório define a doutrina da indissolubilidade do matrimônio sacramental como uma verdade fundada em Cristo mas ressalva que verdade e misericórdia convergem em Cristo e, portanto, convida ao acolhimento das famílias feridas. Os padres sinodais reiteram que os divorciados recasados não são excomungados e reafirmam que os pastores devem usar o discernimento para analisar as situações familiares mais complexas. O ponto 84 explica que a participação nas comunidades dos casais em segunda união pode se expressar em diferentes serviços: “Deve-se discernir quais formas de exclusão atualmente praticadas nos âmbitos litúrgico, pastoral, educativo e institucional podem ser superadas”. 
Discernimento 
À situação específica dos casais em segunda união, o ponto 86 do documento faz referência a um percurso de acompanhamento e de discernimento espiritual com um sacerdote, pois a ninguém pode ser negada a misericórdia de Deus. Neste sentido, “para favorecer e aumentar a participação destes fiéis na vida da Igreja, devem ser asseguradas as condições de humildade, discrição, amor à Igreja e a seu ensinamento, na busca sincera da vontade de Deus e no desejo de dar uma resposta a ela”.
Em relação ao crescente fenômeno dos casais que convivem antes de se casar ou depois de um matrimônio sacramental, é uma situação que deve ser enfrentada de maneira construtiva e vista como uma oportunidade de conversão para a plenitude do matrimônio e da família, à luz do Evangelho. 
Pessoas homossexuais e uniões homossexuais 
Pessoas homossexuais não podem ser discriminadas, mas a Igreja é contrária às uniões entre pessoas do mesmo sexo. O Sínodo julga também inaceitável que as Igrejas locais sofram pressões neste campo e que organismos internacionais condicionem ajudas financeiras aos países pobres à introdução do “casamento” entre pessoas do mesmo sexo. 
Alguns parágrafos abrangem questões dedicadas aos migrantes, refugiados e perseguidos cujas famílias são desagregadas e possam ser vítimas do tráfico de pessoas. Os bispos invocam o acolhimento ressaltando os seus direitos e deveres nos países que os hospedam. 
Valorizar a mulher, tutelar crianças e idosos
Os padres sinodais condenaram a discriminação contra mulheres em todo o mundo, incluindo a penalização da maternidade. Em relação à violência, ressalta que “a exploração das mulheres e a violência exercida sobre o seu corpo estão muitas vezes unidas ao aborto e à esterilização forçada”. Pede-se também uma maior valorização da responsabilidade feminina na Igreja, com intervenção nos processos de decisão, participação no governo de algumas instituições e envolvimento na formação do clero.
A respeito da reciprocidade e na responsabilidade comum dos cônjuges na vida familiar, afirma-se que “o crescente compromisso profissional das mulheres fora de casa não encontrou uma adequada compensação num maior empenho dos homens no ambiente doméstico”.
Sobre as crianças, o documento entregue ao Papa ressalta a beleza da adoção e do acolhimento temporário, que “reconstroem relações familiares rompidas” e menciona também os viúvos, os portadores de deficiência, os idosos e os avós, que permitem a transmissão da fé nas famílias e devem ser protegidos da cultura do descarte. Também as pessoas não casadas são lembradas por seu engajamento na Igreja e na sociedade. 
Fanatismo, individualismo, pobreza, precariedade no trabalho
Como sombras dos tempos atuais, o Sínodo cita o fanatismo político-religioso hostil ao cristianismo, o crescente individualismo, a ideologia ‘gender’, os conflitos, perseguições, a pobreza, a precariedade no trabalho, a corrupção, os problemas econômicos que excluem famílias da educação e da cultura, a globalização da indiferença, a pornografia e a queda da natalidade.
Preparação ao matrimônio
O documento final reúne as propostas para reforçar a preparação ao matrimônio, principalmente dos jovens que hoje têm receio de se vincular. É recomendada uma formação adequada à afetividade, seguindo as virtudes da castidade e do dom de si. Outra relação mencionada no texto é entre a vocação à família e a vocação à vida consagrada. São também fundamentais a educação à sexualidade e a corporeidade e a promoção da paternidade responsável. 
Família, porto seguro
Enfim, o a Relatório sublinha a beleza da família, Igreja doméstica baseada no casamento entre homem e mulher, porto seguro dos sentimentos mais profundos, único ponto de conexão numa época fragmentada, parte integrante da ecologia humana. Deve ser protegida, apoiada e encorajada.
Pedido ao Papa um documento sobre a família 
O documento se encerra com o pedido dos Padres Sinodais ao Papa de um documento sobre a família, indicando a perspectiva que ele deseja dar neste caminho. 
Fonte: Site da Rádio Vaticano

sábado, 24 de outubro de 2015

REFLEXÃO PARA O 30º DOMINGO DO TEMPO COMUM - A CURA DO CEGO BARTIMEU: "O CAMINHO DA FÉ"

Cidade do Vaticano (RV) - O Evangelho deste domingo nos relata a cura do cego Bartimeu. Ele se encontrava à beira do caminho dependendo da compaixão dos transeuntes. Em certa ocasião ouviu falar de Jesus, de suas palavras e ações e ficou atento. Um dia ao saber da aproximação do Senhor, começou a gritar implorando-lhe a cura. Os que passavam corrigiam-lhe para que se calasse. Ele não os escutou e gritava com voz mais forte.  O Senhor o mandou chamar até onde estava. Ele, em uma atitude rápida, deixou seu manto e se aproximou de Jesus.
Vemos nesse relato, alguém que cansou de viver à margem da vida e soube que aquele que era a própria Vida estava passando e se avizinhava. Ele grita, coloca para fora de seu ser cansado o desejo de libertar-se dessa escravidão. Pessoas que lhe são próximas o mandam calar, pois julgam melhor que tudo continue como está, optam pela acomodação. Mas ele está decidido e quer ser liberto de tudo o que o marginaliza. Ele não se cala. Jesus, conhecendo tal opção, pede que as pessoas que estão ao lado, tragam-no até ele.
Os intermediários cumprem seu papel e dizem que o Senhor o chama. O cego larga o manto, ou seja, larga a vida de dependência – já que era no manto, estendido à sua frente, que as pessoas depositavam as esmolas  -  e salta para a vida nova, de liberdade.
Este episódio nos ajuda a purificar nossa vontade e nos dar aquela coragem de que tanto gostaríamos possuir. Reclamar, queixar-se, fazer corpo mole, colocar a responsabilidade na vida ou nos outros, é algo que deparamos dentro de nós. Sair do acomodamento, ter de fato uma vontade firme e decidida é algo custoso que nos mantém na escravidão e na dependência das pessoas.
Aprendamos com Bartimeu a dar um basta a tudo aquilo que nos marginaliza, nos diminui a dignidade, nos torna comodamente dependentes. Um cristão deve ser ágil em sua opção pela vida e por uma vida digna. O cego não teve dúvidas, gritou por Jesus e não deu atenção aos que o queriam calar.
Quais são as pessoas, situações ou sistemas que nos desejam manter na escravidão? Quais são as pessoas ou situações enviadas por Deus que nos levam à libertação, à  independência? Examinemos quais são nossas dependências, nossas acomodações e tenhamos coragem para  eliminá-las! (Reflexão do Padre César Augusto dos Santos para o XXX Domingo do Tempo Comum)
Fonte: Site da Rádio Vaticano

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

JUBILEU EXTRAORDINÁRIO DA MISERICÓRDIA NA DIOCESE DE CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM

No dia 11 de abril deste ano o Papa Francisco anunciou oficialmente a convocação do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, que terá início no dia 08 de dezembro com a abertura da Porta Santa na Basílica de São Pedro, no Vaticano. No dia 13 de dezembro será feita a Abertura da Porta Santa da Basílica de São João em Latrão e nas Catedrais do Mundo. O Jubileu da Misericórdia se estenderá até o dia 20 de novembro de 2016.

Na Diocese de Cachoeiro de Itapemirim a abertura será realizada no dia 13 de dezembro (domingo), começando por uma caminhada saindo da Paróquia Nosso Senhor dos Passos, às 08h, em direção a Catedral de São Pedro, onde haverá a Missa, às 09h, presidida pelo Bispo Diocesano Dom Dario Campos e concelebrada pelos presbíteros da Diocese de Cachoeiro. Todos são convidados a participar.

Tendo em vista o ano dedicado à Misericórdia, Dom Dario Campos envia a todo o povo da Diocese de Cachoeiro a sua Mensagem sobre o Jubileu da Misericórdia e explica como será possível receber indulgências durante o Jubileu.





PAPA ANUNCIA A INSTITUIÇÃO DE UM NOVO DICASTÉRIO


Cidade do Vaticano (RV) - Na tarde desta quinta-feira (22/10), no início da 15ª Congregação Geral do Sínodo, o Papa tomou a palavra e fez o seguinte anúncio:
“Decidi instituir um novo Dicastério com competência em relação aos leigos, a família e a vida, que substituirá o Pontifício Conselho para os Leigos e o Pontifício Conselho para a Família, e ao qual será anexada a Pontifícia Academia para a Vida”.
“A esse propósito, constituí um comissão para tal que providenciará a redação de um texto que determine canonicamente as competências do novo Dicastério, e que será submetido à discussão do Conselho de Cardeais, que se realizará no mês de dezembro próximo”. (RL)
Fonte: Site da Rádio Vaticano

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

22/10: SÃO JOÃO PAULO II, PAPA

João Paulo II (1920-2005) foi Papa da Igreja Católica Apostólica Romana. Teve papel importante para o fim do comunismo na Polônia e em vários países da Europa. Teve o terceiro maior pontificado, que iniciou em 16 de outubro de 1978 e só terminou em 02 de abril de 2005 com sua morte, permanecendo 26 anos como soberano da Cidade do Vaticano. De origem polonesa foi o único papa não italiano depois do holandês Adriano VI em 1522. Sabia falar vários idiomas. Visitou 129 países durante seu pontificado. Esteve 04 vezes no Brasil onde visitou várias cidades e reuniu multidões. Exerceu influencia para melhorar as relações entre a religião católica e outras religiões.

João Paulo II (1920-2005) nasceu na pequena cidade de Wadowice na Polônia. Filho de Karol Wojtyla e de Kaczorowska foi batizado com o nome de Karol Jósef Wojtyla. Ficou órfão aos 08 anos e perdeu seus dois irmãos mais velhos. Fez sua primeira comunhão aos 09 anos de idade. Estudou na escola Marcin Wadowita e em 1938 muda-se para a Cracóvia onde estuda na Universidade de Jaguelônica e numa escola de teatro.

João Paulo II teve que trabalhar, para evitar a deportação para a Alemanha, quando as forças nazistas fecharam a Universidade após a invasão da Polônia, na Segunda Guerra Mundial. Seu pai um suboficial do Exército Polonês morreu de ataque cardíaco em 1941. A partir de 1942 sentiu vocação para o sacerdócio e estudou em seminário clandestino na Cracóvia. Terminada a Guerra, continuou seus estudos na Faculdade de Teologia da Universidade de Jaguelônica. Foi ordenado padre no dia 1 de novembro de 1946. Completou o curso universitário em Roma e doutorou-se em teologia na Universidade Católica de Lublin. Foi nomeado bispo auxiliar na Cracóvia em 1958, foi capelão universitário e professor de ética na Cracóvia e Lublin.

Em 1964, Wojtyla assume as funções de arcebispo de Cracóvia, e em 1967, chega a cardeal. Ativo participante no Conselho Vaticano Segundo, representou igualmente a Polônia em cinco Assembleias internacionais de bispos entre 1967 e 1977. Foi eleito Papa em 16 de Outubro de 1978, sucedendo a João Paulo I. Wojtyla adotou então o nome João Paulo II. A 13 de Maio de 1981, foi atingido por um tiro e gravemente ferido durante uma tentativa de assassinato quando entrava na Praça de São Pedro, no Vaticano.

João Paulo II publicou livros de poesia e, sob o pseudônimo de Andrzej Jawien, escreveu uma peça de teatro, "A Loja do Ourives" em 1960. Os seus escritos éticos e teológicos incluem "Amor Frutuoso e Responsável" e "Sinal de Contradição", ambos publicados em 1979. A sua primeira Encíclica, "Redemptor Hominis" (Redentor dos Homens) de 1979 explica a ligação entre a redenção por Cristo e a dignidade humana. Encíclicas posteriores defendem o poder da misericórdia na vida dos homens (1980); a importância do trabalho como "forma de santificação" (1981); a posição da igreja na Europa de Leste (1985); os males do Marxismo, materialismo e ateísmo (1986); o papel da Virgem Maria como fonte da unidade Cristã (1987); os efeitos destrutivos da rivalidade das superpotências (1988); a necessidade de reconciliar o capitalismo com a justiça social (1991) e uma argumentação contra o relativismo moral (1993).

A 11ª encíclica de João Paulo II, "Evalegium Vitae" (1995), reitera a sua posição contra o aborto, controle da natalidade, fertilização in vitro, engenharia genética e eutanásia. Defende também que a pena capital nunca é justificável. A sua 12ª encíclica, "Ut Unum Sint" (1995) se refere a temas que continuam a dividir as igrejas Cristãs, como os sacramentos da Eucaristia, o papel da Virgem Maria e a relação entre as Escrituras e a tradição.

Nos anos 80 e 90, João Paulo II efetuou várias viagens, incluindo visitas a África, Ásia e América; em Setembro de 1993 deslocou-se às repúblicas do Báltico na primeira visita papal a países da antiga União Soviética. João Paulo II influenciou a restauração da democracia e liberdades religiosas na Europa do Leste, especialmente na sua Polônia natal. Reagindo ferozmente à dissidência no interior da Igreja, reafirmou os ensinamentos Católicos Romanos contra a homossexualidade, aborto e métodos "artificiais" de reprodução humana e controle da natalidade, assim como a defesa do celibato dos padres.

No ano 2000, o Ano Sagrado em que a Igreja refletiu os seus 2000 anos de História, João Paulo II pediu perdão pelos pecados cometidos por católico romanos. Apesar de não ter mencionado erros específicos, diversos cardeais reconheceram que o papa se referia às injustiças e intolerância do passado relativamente aos não católicos. Nestes males reconhece-se o período das Cruzadas, da Inquisição e a apatia da igreja. O pedido de desculpas precedeu uma deslocação de João Paulo II à Terra Santa.

João Paulo II resistiu à secularização da igreja. Ao redefinir as responsabilidades da laicização, dos padres e das ordens religiosas, rejeitou a ordenação das mulheres e opôs-se a participação política e a manutenção de cargos políticos pelos padres. Os seus movimentos ecumênicos iniciais foram dirigidos para a Igreja Ortodoxa e para o Anglicanismo, e não para o Protestantismo Europeu. Atacado pelo Mal de Parkinson morreu aos 84 anos, no Vaticano, após dois dias de agonia às 21h37 de Roma, 16h37 de Brasília, do dia 2 de abril de 2005 em seus aposentos no Palácio Apostólico.

Fonte: Site http://www.e-biografias.net/joao_paulo_ii/

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

TRANSFERÊNCIAS NA DIOCESE DE CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM


O Bispo Diocesano Dom Dario Campos, depois de ouvir o Conselho Presbiteral, publica as seguintes transferências:

Paróquia Santo Antônio de Pádua, Rio Novo do Sul - Pe. Geraldo Gomes Leite.

Paróquia Nossa Senhora Aparecida, Itaóca / Distrito de Cachoeiro de Itapemirim - Pe. Rogério Santos Bebber.

Paróquia Nossa Senhora da Conceição, Conceição do Castelo - Pe. Alci Monteiro Dias.

Paróquia São Filipe, Aeroporto / Cachoeiro de Itapemirim - Pe. Bruno Sá Rangel.

Paróquia São Miguel Arcanjo, Guaçuí - Pe. Antônio José de Nazareth.

Paróquia São Geraldo Magela, Bom Jesus do Norte - Pe. Genivaldo Marcolan Laquini.

Paróquia São Pedro (Catedral) - Pe. Carlos Renato de Carvalho (vindo da Arquidiocese de Montes Claros – MG) e Monsenhor Antonio Romulo Zagotto (Vigários Paroquias).

Observações:

Pe. Bruno Sá Rangel chegará no dia 20 de outubro.

Até a chegada do Pe. Alci Monteiro Dias o Pe. José Carlos Brasil ajudará na Paróquia Nossa Senhora da Conceição, Conceição do Castelo.

Escola Diaconal Santo Estevão

Pe. Genivaldo Marcolan Laquini – Dimensão Pastoral
Pe. Geraldo Gomes Leite – Dimensão Pedagógica
Pe. Paulo Sérgio Mourão – Dimensão Teológica - Espiritual


Fonte: Site Oficial da Diocese de Cachoeiro de Itapemirim

DIOCESES DE SÃO MATEUS, JALES E DOURADOS TÊM NOVOS BISPOS


Cidade do Vaticano (RV) – As dioceses de São Mateus (ES), Jales (SP) e Dourados (MS) têm novos bispos.
São Mateus
O Papa Francisco nomeou Bispo da Diocese de São Mateus (ES) o Rev. Paulo Bosi Dal’Bó, até então Vigário-Geral da Diocese de Colatina (ES).
Dom Paulo Bosi Dal’Bó nasceu em 27 de agosto de 1962 em Colatina, e na mesma cidade estudou Filosofia e Teologia. É formando em Ciências Contábeis, Comunicação Social e Psicologia da Educação. Foi ordenado sacerdote em 10 de junho de 2000 e incardinado na diocese de Colatina, onde desempenhou inúmeros cargos. Até então era Vigário-Geral e pároco da paróquia “Nossa Senhora Medianeira de todas as Graças” em Itaguaçu (ES).
Jales
O Santo Padre aceitou ainda a renúncia ao governo pastoral da Diocese de Jales (SP), apresentada por Dom Luiz Demétrio Valentini, por limite de idade. Francisco nomeou como novo Bispo da Diocese o Rev. José Reginaldo Andrietta, do clero da diocese de Limeira (SP), até então pároco da paróquia “São Judas Tadeu” em Americana (SP).
Dom Andrietta nasceu em 7 de março de 1957 em Pirassununga (SP). Estudou Filosofia e Teologia na Pontifícia Universidade Católica de Campinas, com especializações na Bélgica. Foi ordenado sacerdote em 18 de março de 1983 e incardinado na Diocese de Limeira. Desempenhou cargos também em Bruxelas e em Americana (SP). Durante o seu ministério sacerdotal, acompanhou a “Juventude Operária Católica”.
Dourados
O Papa Francisco aceitou a renúncia ao  governo pastoral da Diocese de Dourados (MS), apresentada por Dom Redovino Rizzardo, C.S., por limite de idade. Dom Rizzardo será sucedido pelo Padre Henrique Aparecido de Lima, C.SS.R., Superior Provincial da Província Redentorista de Campo Grande.
Dom Henrique Aparecido de Lima nasceu em 28 de julho de 1964 em Toledo (PR). Emitiu a profissão religiosa em 29 de janeiro de 1995 na Congregação do Santíssimo Redentor (Redentoristas) e foi ordenado sacerdote em 20 de novembro de 1999. Estudou Filosofia e Teologia em São Paulo. Frequentou também vários cursos de Espiritualidade Redentorista em Aparecida (SP). Desempenhou cargos em Ponta Porã (MS) e Jardim (MS). Em 21 de outubro de 2014 foi eleito Superior da Província Redentorista de Campo Grande.
Fonte: Site da Rádio Vaticano

terça-feira, 20 de outubro de 2015

S.A.V. (SERVIÇO DE ANIMAÇÃO VOCACIONAL) - ATIVIDADES DO SEGUNDO SEMESTRE 2015

Frei Gustavo e frei André, promotores vocacionais da Província Santa Rita de Cássia, enviam carta a todos os frades da Província relatando as atividades do segundo semestre, bem como a relação dos vocacionais que se comprometeram a ingressar em 2016.

 "Amados irmãos, graça e paz!

O mês de agosto foi para nós agostinianos recoletos um tempo oportuno de rever nossa caminhada e celebrar nosso chamado ao seguimento de Jesus Cristo pela prática dos conselhos evangélicos ao estilo de Agostinho e da Recoleção agostiniana. Foram celebrações, eventos e partilhas que dão sentido em nossa missão como religiosos consagrados e, especialmente, como animadores vocacionais. Antes de qualquer coisa queremos louvar a Deus por teu sim e agradecer a ti que somou forças conosco para cultivarmos o sonho de uma cultura vocacional na Igreja.

A Promoção Vocacional da Província enviou para todos os orientadores locais e priores um anúncio vocacional para ser colocado nos informativos paroquiais, mas nem todos aderiram ao projeto que foi assumido por todos na Assembleia passada. Enviamos também sugestões para enfatizar a oração e reflexão sobre as vocações nas liturgias dominicais.

Realizamos também algumas convivências vocacionais nas comunidades de Vitória-ES, Ribeirão Preto-SP nos dias 21, 22 e 23, e em Cachoeiro-ES e Castelo nos dias 28, 29 e 30. Desde já nossa gratidão aos orientadores locais e demais membros das respectivas comunidades. Também é justo agradecer o empenho das demais comunidades que intensificaram as orações pelas vocações e a realização do Sarau Vocacional Agostiniano. Nosso muito obrigado.

Nos últimos dias do mês de agosto alguns frades e leigos das comunidades de Igarapava e de Franca participaram do Congresso Vocacional da Diocese de Franca. Foram dois dias de reflexão, oração e partilha que nos animaram em nossa caminhada. No primeiro dia refletimos sobre os “Discípulos missionários no contexto bíblico”, com D. Devair Araújo da Fonseca, e o segundo dia, com a assessoria de D. José Luiz Majella, refletimos sobre a “Pastoral Vocacional” sob a perspectiva de Jo 4,6-23, o encontro de Jesus com a samaritana.

Irmãos, os convidamos a juntos optarmos pela alegria de seguir anunciando o seguimento de Jesus Cristo com a vida agostiniana recoleta, a despertar nos jovens o desejo de também entregarem suas vidas ao Amor e a inflamar nossas comunidades religiosas até o ponto de se tornarem autênticos celeiros de vocação.

As próximas atividades do SAV de nossa Província serão a participação na Festa do Rei Jesus, em Cachoeiro de Itapemirim-ES, com um estande vocacional, a participação no Encontro de Promotores vocacionais da Ordem, que acontecerá no México, onde Frei Gustavo Barbiero nos representará, e o retiro vocacional para os candidatos a ingressarem no seminário no ano vindouro. Estamos enviando os nomes dos jovens para que intensifiquem a oração por eles.

VOCACIONADOS CANDIDATOS PARA INGRESSAREM EM 2016


Luiz Felipe Alves Pego, Belo Horizonte-MG
Mateus Henrique Arantes, Igarapava-SP
Abdias Marcos Ferreira dos Santos, Araras-SP
Rodrigo Fernandes Silva, São Paulo-SP
Gabriel Muniz Carvalho, Franca-SP
Paulo Vitor Marques Geraldino, Cachoeiro de Itapemirim-ES
Kennedy Anderson Geribola Gonçalves , Itueta-MG 
Fernando Mauri, Muqui-ES
Jailton Dias Brambila, Castelo-ES
Welton Cavaline, Castelo-ES
André Luís dos Santos Leite , Irupi-ES
João Antônio dos Santos Ferrão , Morada Nova de Minas-MG
Arthur de Souza Xavier, Cariacica-ES

Que o Senhor nos conceda beber da fonte de água viva que nos conduz ao céu. 
Num só coração e numa só alma dirigidos para Deus,"

Frei André Pereira de Arruda,OAR
Frei Gustavo Barbiero Mello,OAR

Fonte: Site Oficial da Província Santa Rita de Cássia da Ordem dos Agostinianos Recoletos

20 DE OUTUBRO: SANTA MADALENA DE NAGASAKI, VIRGEM E MÁRTIR


Nasceu em 1611 perto de Nagasaki. Filha de cristãos martirizados, se consagra a Deus e é guiada espiritualmente pelos beatos Francisco de Jesus e Vicente de Santo Antônio, agostinianos recoletos, que a admitem como terciária. Depois do martírio dos beatos, em 1632, permanece escondida nos montes, ajudando os cristãos afligidos. 

Em setembro de 1634 se entrega aos juízes proclamando-se cristã. Torturada de forma cruel, inamovível em sua fé, é colegiada do patíbulo onde permaneceu viva durante catorze dias. Seu martírio causou grande impressão em Nagasaki. Todos se encomendavam a sua intercessão. 

Beatificada em 1981, foi canonizada por João Paulo II o 18 de outubro de 1987. Em 1989 foi declarada patrona da fraternidade secular agostiniano-recoleta. 





Fonte: http://www.agustinosrecoletos.com/saints/index#sthash.1n6SktLh.dpuf

sábado, 17 de outubro de 2015

REFLEXÃO PARA O 29º DOMINGO DO TEMPO COMUM - "SALVO POR SUA MORTE"

Cidade do Vaticano (RV) - A liturgia nos convida, especialmente hoje, a um exame de consciência em relação ao nosso modo de nos relacionarmos com nossos irmãos. Deus é o único Pai, o único Mestre, o único Senhor e, para nos ensinar como queria que fôssemos, como deverá ser a nova sociedade, se fez servo, servo de todos. Assim, seremos mais cristãos, mais semelhantes a Jesus Cristo, à medida em que tomarmos posição de servos e nossa vida for um serviço, através de nossas ações e de nosso modo de ser, isto é, do modo de tratar as pessoas, de nos vestir, de nos postar.
No Evangelho Jesus diz aos seus discípulos que eles não devem seguir os exemplos dos líderes que gostam de serem tratados como senhores, ao contrário, os discípulos, quanto mais alta a função, deverão vivê-la na atitude de servo, não apenas nas ações, mas em todos os sentidos.
Desejar ocupar os primeiros lugares, receber cumprimentos cerimoniosos, usar roupas luxuosas, ser chamado por títulos honoríficos, tudo isso deverá estar longe do coração e da vida do autêntico discípulo. Jesus propõe: “... entre vós não deve ser assim: quem quiser ser grande, seja vosso servo; e quem quiser ser o primeiro, seja o escravo de todos.”
O servo está sempre disponível, acessível ao seu senhor, de prontidão. Jesus condena a atitude dos mestres que permitem ou até exigem que seus discípulos lhes lavem os pés, ao contrário será ele a lavar os pés dos discípulos. Inclusive irá vivenciar isso de modo excepcional na cruz, quando nos lavará a todos do pecado.
Como poderei ser servo? Se sou casado, não me considerar superior ao meu cônjuge; se desempenho uma profissão de prestígio, não por isso considerar-me superior aos outros; se sou comerciante, não visar só meu lucro, mas apresentar boa mercadoria e com preço justo; se sou um religioso, ser acessível, disponível, simples e misericordioso no trato com os fiéis; enfim, o cristão segue em tudo a pessoa do Mestre.
Devo aprender com o episódio dos filhos de Zebedeu. O batismo me introduziu em uma nova sociedade. É necessário permitir ao Espírito Santo que construa em minha vida um novo homem, uma nova mulher. Minha alegria deverá estar não em posicionamentos de honra segundo este mundo caduco, mas com o mundo dos ressuscitados no batismo. Aceitar beber o cálice de Jesus, receber o seu batismo significa aceitar sofrer por causa da justiça, da verdade, pela construção de uma nova humanidade.
Conforta-nos as palavras do autor da Carta aos Hebreus, em um trecho anterior ao proposto hoje à nossa reflexão, quando escreve: “...embora fosse Filho de Deus, aprendeu, com o seu sofrimento, como é difícil para o homem obedecer e aceitar a vontade de Deus”. Isso nos conforta ao reconhecermos como nos é difícil sermos servos e também faz sermos compreensivos com tantas pessoas, especialmente com aquelas que são religiosas.
Por outro lado, sirva-nos de exemplo e elevação a Deus, para glorificá-lo, o que foi relatado por uma agente da saúde, de Kampala, Uganda, na época do Sínodo para a África, em 2009: um grupo de doentes de AIDS, gente muito pobre, que sobrevive vendendo pedras para construtores, quando soube das devastações causadas pelo furacão Kathrina, nos EUA, e do recente terremoto na região do Abruzzo, fez uma coleta de dinheiro e enviou às cidades italianas e americanas atingidas. Por quê? “Porque o coração do homem é internacional, não tem raça e nem cor”, disse Rose. 
“Vi um povo nascer e mudar na fé” – disse. “Estas pessoas quebram pedras e comem uma vez por dia. Quando pedimos para rezarem pelas vítimas destas tragédias, responderam que sabiam muito bem o que significa viver sem casa e sem comida. “Se pertencem a Deus, pertencem a nós também”... Assim, organizaram-se em grupos, quebraram mais pedras, e no final, haviam recolhido dois mil dólares, que enviaram à embaixada americana”.
Concluamos nossa reflexão com a palavra de Jesus: “Eu te bendigo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondestes estas coisas aos sábios e entendidos e as revelastes aos pequeninos.” (Mt 11,25). (Reflexão do Padre Cesar Augusto dos Santos para o XXIX Domingo do Tempo Comum)
Fonte: Site da Rádio Vaticano