sábado, 28 de dezembro de 2013

REFLEXÃO PARA FESTA DA SAGRADA FAMÍLIA


Cidade do vaticano (RV)  Como é hoje a vida de uma família comum? Ela é constituída por um casal e um ou dois filhos. A mãe trabalha fora e possuem pouco tempo para se encontrar. 

Muitas vezes acontecimentos na vida pessoal de cada um sucedem e não são colocados em comum, porque não possuem tempo ou não existe clima para isso.

Pior quando surgem mágoas e elas não são trabalhadas, mas engolidas. A natureza, que pede vida de família, se sente violentada e, mais cedo ou mais tarde, essas mágoas, que não foram digeridas, voltam e aí temos situações profundamente dolorosas que provocam mágoas maiores e, muitas vezes, sem solução imediata.

Também é muito doloroso quando algum membro da família possui algo maravilhoso para partilhar e não recebe a devida atenção para isso, pior quando sua bela notícia é reduzida a algo corriqueiro, insignificante.

Aí vem em socorro da família a profecia de Isaías, proposta como primeira leitura da missa da noite de Natal: “O povo que andava na escuridão, viu uma grande luz; para os que habitavam nas sombras da morte, uma luz resplandeceu” (Is 9, 1). O Senhor se encarna e se solidariza, redimindo-nos e nos devolvendo nossa dignidade de pessoas, de seres criados á sua imagem e semelhança.

A liturgia da festa da Sagrada Família traz, para a família do dia de hoje, a luz e a força para redescobrir e manter o caminho da felicidade.

A família de Nazaré tinha tudo para ser submissa aos caprichos de uma sociedade consumista, pós moderna e economicamente carente. Basta ler os relatos evangélicos da infância de Jesus e sobre sua família. Mas a presença de Deus, o Deus-Conosco em seu meio e sua fidelidade ao Amor de Deus, fizeram a diferença.

A primeira leitura, extraída do Livro do Eclesiástico, nos fala de que a misericórdia em todos os relacionamentos, mas principalmente para com os pais, está em referência a Deus que é o Pai por excelência. Honrar e respeitar os pais é prestar culto a Deus.

Também a Carta de São Paulo aos Colossenses, continua o tema da misericórdia nas relações familiares. “Tudo o que fizerdes, em palavras ou em obras, seja feito em nome do Senhor Jesus Cristo”, nos diz o Apóstolo.

Jesus, o Caminho, a Verdade, a Vida, o Amor nos ensina o verdadeiro caminho para o Pai, para a felicidade ainda neste mundo. Será necessário renunciar aos valores deste mundo, será necessário renunciar fazer dos filhos pessoas como nos pedem o elitismo e seus códigos. Será necessário que no relacionamento do casal seja priorizado o diálogo. Será necessário ver na simplicidade de vida e até na carência de certos bens, a presença do carinho de Deus que supre tudo aquilo que nossa carne valoriza.

Deixemos a luz de Deus entrar, iluminar e aquecer nossa vida. Ela nos revelará nossa submissão aos valores mundanos e, consequentemente explicará a causa de nossos sofrimentos. Veremos em que situação colocamos nosso coração, não na simplicidade do lar de Nazaré, mas no fausto do Palácio de Herodes.

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