quarta-feira, 25 de agosto de 2010

BENTO XVI RECORDA SANTA MÔNICA E SANTO AGOSTINHO NA AUDIÊNCIA EM CATEL GANDOLFO E FAZ APELO PELA SOMÁLIA



Castel Gandolfo, 25 ago (RV) – O Papa Bento XVI se encontrou na manhã de hoje com os fiéis e peregrinos de todas as partes do mundo para a habitual audiência geral das quartas-feiras. O encontro como vem ocorrendo neste período do ano, se realizou no pátio interno da residência de verão dos Papas na localidade de Castel Gandolfo, próximo de Roma.

Durante o encontro o Santo Padre fez um apelo diante da grave situação que vive a Somália:

“O meu pensamento vai a Mogadíscio de onde continuam a chegar notícias de cruéis violências e que ontem foi palco de um novo massacre. Estou próximo às famílias das vítimas e de todos aqueles que, na Somália, sofrem por causa do ódio e da instabilidade. Faço votos de que, com a ajuda da comunidade internacional, não sejam poupados os esforços para restabelecer o respeito à vida e aos direitos humanos”.

Momentos antes na sua catequese o Papa Bento XVI afirmou que “é paradoxal que na nossa época o relativismo seja indicado como uma verdade que deve guiar escolhas e comportamentos.

O Papa introduziu assim uma reflexão sobre a busca de sentido que acompanhou a vida dos homens em todos os tempos e que talvez hoje é deixada de lado em muitas expressões da cultura.

O Papa citou em particular a figura de Santo Agostinho, “que não teve um caminho fácil, mas nunca viveu com superficialidade e nunca se satisfez com o que lhe dava um lampejo de luz: uma prestigiosa carreira, a posse, as vozes que lhe prometiam a felicidade imediata”.

Santo Agostinho – continuou o Papa – entendeu na sua incansável busca que não é “ele que encontrou a Verdade, mas a Verdade mesma, que é Deus, o perseguiu e o encontrou”. E neste caminho em direção da verdade, para o Santo é fundamental o silêncio: “as criaturas devem ficar em silêncio e o silêncio, no qual Deus pode falar, deve dominar”. “Isso também acontece no nosso tempo: às vezes temos medo do silêncio, da meditação, do recolhimento, de pensar nas próprias ações, no significado mais profundo da nossa vida”.

“Muitas vezes – denunciou o Papa – preferimos apenas viver o momento presente, a ilusão de que traz a felicidade duradoura: preferimos viver – porque parece mais fácil – com superficialidade, sem pensar; ao contrário, temos medo de procurar a Verdade, ou talvez, medo de que a Verdade nos encontre, nos agarre e mude a nossa vida, como ocorreu com Santo Agostinho”.

“Queridos irmãos e irmãs, gostaria de dizer a todos, também a quem se encontra em um momento de dificuldade no seu caminho de fé, ou também a quem participa pouca da vida da Igreja ou a quem vive como se Deus não existisse, que não tenham medo da Verdade, que jamais interrompam o caminho rumo à mesma, que jamais cessem de buscar a verdade profunda sobre si mesmo, e sobre as coisas, com os olhos interiores do coração”. “Deus não deixará de doar Luz para fazer ver, e Calor para fazer sentir no coração que Ele nos ama e que deseja ser amado”.

Antes de concluir o encontro e abençoar os presentes, Bento XVI saudou os vários grupos de peregrinos presentes em Castel Gandolfo nos seus respectivos idiomas. Eis o que o Papa disse em português...

Queridos peregrinos vindos do Brasil e de Portugal, a minha saudação amiga para todos vós, em especial para os grupos paroquiais de Unhos, Catujal e Viseu. Recordamos nestes dias Santo Agostinho e sua mãe, Santa Mônica, testemunhas de como Jesus Cristo se deixa encontrar por quantos O procuram. E, com Ele, a vossa vida não poderá deixar de ser feliz. (SP)

Fonte: Rádio Vaticano (site)

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