O presente blog é o canal de notícias oficial da Paróquia Nossa Senhora da Consolação - Ordem dos Agostinianos Recoletos
segunda-feira, 26 de abril de 2010
ENCERRAMENTO DO ENCONTRO CONJUGAL DIOCESANO
domingo, 18 de abril de 2010
Vida de Irmã Cleusa Carolina Rody Coelho
Irmã Cleusa junto aos presidiários
No próximo dia 28 de abril a Igreja Católica no Brasil, mais especialmente, a Igreja presente na Prelazia de Lábrea – Amazonas e da Diocese de Cachoeiro de Itapemirim recordarão os 25 anos do martírio de Irmã Cleusa Carolina Rody Coelho, pertencente a Congregação das Missionárias Agostinianas Recoletas (MAR).
Mas quem foi Irmã Cleusa?
Cleusa Carolina Rody Coelho, nasceu em Cachoeiro de Itapemirim, Estado do Espírito Santo, aos 12 de novembro de 1933, filha de Jair Moreira Coelho e Francisca Rody Coelho. Foi batizada aos 07 de julho de 1935, em Barra do Itapemirim, na Paróquia Nossa Senhora do Amparo.
Ainda na época de preparação para participar da Eucaristia, iniciou seus contados com os Padres Agostinianos Recoletos que trabalhavam na Paróquia de São Pedro, em Cachoeiro de Itapemirim.
Estudou no Colégio João Bley, no Município de Itapemirim, onde realizou o curso primário e depois estudouu no Colégio Estadual Muniz Freire – Liceu, em Cachoeiro de Itapemirim, local que recebeu a medalha de ouro por ser a melhor aluna, por dois anos seguidos.
Por ter sido considerada a melhor aluna de toda escola no curso de Magistério, recebeu do Governo do Estado, como prêmio, o direito de exercer o trabalho de Professora na escola que escolhesse, sem necessitar entrar em concurso de ingresso e remoção. Cleusa, nesse exato momento, escolheu deixar tudo e ingressar na vida religiosa.
Cleusa para ingressar na congregação deveria ser crismada, fato ocorrido aos 25 de agosto de 1951, em Cachoeiro de Itapemirim, por D. Frei José Alvarez Mácua, primeiro Bispo Prelado de Lábrea, que estava na cidade em visita aos Irmãos Religiosos da Ordem Agostiniana Recoleta.
No dia 04 de fevereiro de 1952 ingressou na Congregação das Missionárias Agostinianas Recoletas, na primeira casa da congregação localizada na Ilha das Flores, no Estado Rio de Janeiro.
Recebeu o hábito religioso no dia 02 de outubro de 1952 e adotou o nome religioso de Sor Maria Ângelis Coelho de São José. Emitiu seus primeiros votos religiosos em 03 de outubro de 1953.
Esteve em missão nos seguintes locais: Lábrea – Amazonas; Colatina – Espírito Santo; Vitória – Espírito Santo; Manaus – Amazonas.
No dia 28 de abril de 1985, em defesa da terra e da paz indígena, Irmã Cleusa, foi assassinada, às margens do Rio Paciá, na Prelazia de Lábrea – Amazonas.
Portanto, dedicou 32 anos de sua vida missionária ao serviço dos mais empobrecidos: os hansenianos, os presidiários, os cegos, os menores de rua, os índios, etc.
A exumação de seu corpo deu-se no dia 23 de maio de 1991, os restos mortais foram depositados na Igreja Nossa Senhora de Fátima, em Lábrea - Amazonas. Os ossos do seu braço direito, decepado na hora do crime, estão, desde o dia 02 de junho de 1991, depositados na Catedral Metropolitana de Vitória, quando então foi iniciado o processo de sua beatificação, cujo encerramento se deu na Arquidiocese de Vitória, aos 25 de abril de 1993.
O processo, atualmente, encontra-se na Congregação para as Causas dos Santos, no Vaticano.
No dia 29 de abril de 2010, quinta-feira, às 19:00 horas, acontecerá no Santuário de Nossa Senhora da Consolação, em Cachoeiro de Itapemirim, Estado do Espírito Santo, Celebração Eucarística presidida pelo bispo diocesano D. Célio de Olivera Goulart, OFM e concelebrada pela comunidade Agostiniana Recoleta, em memória aos 25 anos de seu martírio.
segunda-feira, 12 de abril de 2010
INÍCIO DAS ATIVIDADE DA FRASAR - Fraternidade Secular Agostiniana Recoleta
quinta-feira, 8 de abril de 2010
CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA EM MEMÓRIA A IRMÃ CLEUSA CAROLINA RODY COELHO
Mas quem foi Irmã Cleusa? Segue pequeno histórico da vida da religiosa agostiniana recoleta, retirada do site: http://www.pimenet.org.br/mundoemissao/espiritcleusa.htm
"Agora, quem vai cuidar de nós? Era a nossa mãe”. É a expressão dita por um índio apurinã, no enterro de irmã Cleusa. No dia 28 de abril de 1985, ela fora assassinada às margens do rio Paciá, na Prelazia de Lábrea – AM. Mártir da fé e da causa indígena, deu a vida pelos pobres e excluídos.
Frei Jesus Moraza conta como, no dia 3 de maio de 1985, encontrou o corpo de Cleusa: “Empurramos a canoa até a beira e os rapazes a colocaram no seco. Nesse momento, os meus acompanhantes alertaram-me sobre os urubus sobrevoando nas proximidades, pelo que saí da lancha e penetrei na mata, em direção aos urubus. Aproximadamente a uns 50 metros da lancha, localizei o corpo, parcialmente submerso, de bruços, totalmente despido, mostrando-se fora da água parte do crânio sem cabelos, as costa e as pernas... Meus acompanhantes, temerosos, insistiram que voltássemos atrás de maiores recursos”.
No pequeno opúsculo que a Congregação de Cleusa elaborou (1991), está relatado o seguinte: “Os exames médicos realizados no hospital revelaram a brutalidade com que tinha sido assassinada: muitas costelas quebradas, o crânio fraturado, o braço direito parcialmente separado do corpo, por instrumento cortante (talvez um terçado); havia fratura na coluna vertebral; pedaços de chumbo no tórax
e, especialmente, na região lombar, indicavam que tinha levado um tiro de espingarda. A sua mão direita não foi encontrada” (p.19-20).
Cleusa nasceu aos 12 de novembro de 1933, em Cachoeiro de Itapemirim, Estado do Espírito Santo. Quando terminou o curso normal, deixando um futuro promissor, decidiu ingressar na vida religiosa, na Congregação das Irmãs Missionárias Agostinianas Recoletas. Há alguns aspectos que dão a envergadura do compromisso e da vida da missionária. O caminho do martírio não aconteceu por acaso, mas foi a coroação de um itinerário de doação a Jesus Cristo e ao seu Reino, na trilha dos mais pobres.
“Comprometer-se com o Índio, o mais pobre, desprezado e explorado, é assumir firme a sua caminhada, confiante num futuro certo e que já se vai tornando presente, nas pequenas lutas e vitórias... Vale arriscar-se!”
Esse percurso influiu profundamente na visão de mundo e no horizonte de Cleusa. O tempo passado em Lábrea (AM), em vários momentos da existência, aproximou a missionária do mundo indígena (foi também coordenadora regional do Conselho Indigenista Missionário), dos menores, dos presidiários e dos pobres. Numa carta à delegada geral do Brasil, Cleusa escreveu: “Cristo é o ofendido, o marginalizado perseguido na pessoa do Menor, novamente exposto à fome e a outros danos piores. Temos de construir Fraternidade, é necessário, mas a justiça tem de estar na base de toda convivência humana”.
No período da celebração dos 25 anos de vida religiosa, em 1978, Cleusa não quis nenhuma festa e escreveu: “Você sabe que sou pobre por opção e que me sinto feliz em viver como tal. São orações, sim, que nos fazem falta, para um seguimento mais radical ao Senhor”.
O seguimento mais radical ao Senhor incluía uma intimidade exclusiva com Jesus e uma doação extrema aos irmãos pobres. “Nos momentos de folga encontrava tempo para ir à capela, onde, no silêncio, contemplava o seu Deus Eucarístico, que lhe deu forças para viver sua fé e de quem aprendeu as lições de amor e doação aos irmãos. A vida doada aos indígenas levou-a a prestar solidariedade ao tuxaua Agostinho, quando Raimundo Podivem e Edvar mataram a esposa e o filho dele. Não se importou com o perigo. Era lá, com os indígenas, que Jesus a chamava. Durante a viagem, os dois assassinos mataram o corpo de Cleusa. Ela está viva para sempre e é venerada no meio dos povos indígenas. Ainda ressoam as palavras do Evangelho: “Bem aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus (Mt 5,10)” e, também: “Tudo o que fizerdes a um destes pequeninos, foi a mim que o fizestes (Mt 25,40)”.
No dia 2 de maio de 1991, na Catedral de Vitória, ES, foi aberto o processo de beatificação de irmã Cleusa, mártir dos povos indígenas.